3.6.24

Sobre A Crise da Narração, de Byung-Chul Han

 


«“A Crise da Narração” é o último título de uma já longa série de livros que têm firmado Byung-Chul Han como um dos filósofos mais influentes da nossa época. Entre os seus méritos conta não ser mais um produtivista que inventa conceitos para alimentar uma filosofia de consumo, rendida ao efeito do embrulho vistoso. Pelo contrário, Han mobiliza conceitos bem estabelecidos na filosofia contemporânea, sobretudo a do século XX, muito Walter Benjamin e Martin Heidegger, para, com eles, propor uma interpretação significativa deste tempo que vivemos e de que precisamos fazer sentido. É certo que publica muito, sempre de volta de uma certa leitura da condição existencial do nosso tempo, e que tem o seu mercado também. Mas o exercício intelectual de Han faz sentido assim, percorrendo por perspectivas um objecto que não se deixa captar de uma só vez, como variações sobre um tema.

Começaríamos, aliás, pela expectativa em torno da própria filosofia nestes tempos. Han defende que a filosofia emudece se deixar de narrar para apenas explicar, como uma ciência. Uma ciência que tende à burocracia, às métricas, que a transformam em dispositivo cujo funcionamento há que administrar.» [André Barata, ípsilon, Público, 31/5/2024: https://www.publico.pt/2024/06/01/culturaipsilon/critica/stories-sell-explica-byungchul-han-2083242]


A Crise da Narração (tradução de Gilda Lopes Encarnação) e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

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