8.5.24

Sobre Eichmann em Jerusalém, de Hannah Arendt


 

No dia 11 de Maio de 1960, agentes da Mossad capturaram Adolf Eichmann nos arredores de Buenos Aires, quando, no final de um dia de trabalho, regressava a casa.

Quem era este homem que levava então uma vida vulgar, mas que se podia vangloriar da morte de milhões de seres humanos?

É o que podemos ver em Eichmann em Jerusalém através do olhar de Hannah Arendt, que assistiu ao julgamento iniciado a 11 de Abril de 1961 em Israel.

O processo durou cerca de quatro meses. Hannah Arendt tinha oferecido os seus serviços à The New Yorker, e, para ela, como judia que tivera de fugir da Alemanha com a ascensão de Hitler ao poder, foi um meio de ajustar contas com o passado. Presenciar o julgamento de Eichmann não foi tanto uma oportunidade de compreender os meandros da alma humana e de indagar a psicologia de um dirigente nazi, mas de lançar um olhar crítico à natureza do regime nacional-socialista.

Arendt assistiu apenas a uma parte do julgamento. Mas os cinco artigos que escreveu para a The New Yorker e seriam publicados em livro suscitaram uma enorme polémica sobre o seu conceito de “banalidade do mal”.


Eichmann em Jerusalém — Uma Reportagem sobre a Banalidade do Mal (tradução de Ana Corrêa da Silva, com Introdução de António Araújo e Miguel Nogueira de Brito) e outras obras de Hannah Arendt estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/hannah-arendt/

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