30.4.24

Sobre O Homem Que Via Tudo, de Deborah Levy

 


“Olá, Saul. Como vão as coisas?”

“Estou a tentar atravessar a rua”, respondi.

“Sim”, disse ela. “Há trinta anos que tentas atravessar a rua, mas aconteceram várias coisas entretanto.”


Em 1988, Saul Adler é atropelado em Abbey Road. Aparentemente fica bem. Levanta-se e vai ter com a namorada, Jennifer Moreau. Fazem sexo e terminam o relacionamento amoroso, mas não antes de ela o ter fotografado a atravessar a mesma rua onde fora atropelado.

Saul parte para estudar na Berlim Leste comunista, dois meses antes da queda do Muro, onde encontra o tradutor que lhe foi atribuído e a irmã deste, que jura ter visto um jaguar a deambular pela cidade. Saul apaixona-se; preocupa-se obsessivamente com o pai, um homem difícil e autoritário; e trava amizade com um hippie, que pode ou não ser um agente da Stasi, mas que o vai assombrar num futuro próximo. 

Movendo-se entre tempos diferentes e deixando um rasto em espiral, Levy analisa o que vemos e o que não conseguimos ver, as consequências do descuido, o peso da história e as nossas desastradas tentativas de o sacudir dos ombros. 


“Levy é uma escritora indelével.” [The New York Times]


“Os prazeres de sedução da prosa de Levy estão nas suas várias camadas de brilhantismo.” [The Washington Post]


“Um trabalho de arte e filosofia. A cada novo romance, Levy aproxima-se da perfeição.” [New York Journal of Books]


“Deborah Levy é uma das escritoras e intelectuais mais importantes da Grã-Bretanha.” [New York Times Book Review]


O Homem Que Via Tudo (trad. Alda Rodrigues) e outras obras de Deborah Levy e várias obras de George Orwell estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário