2.5.23

Sobre Ensaios, de Robert Musil

 



“É assim que, no conjunto da produção de Musil, o ensaio ocupa uma posição central, como busca permanente daquela ‘configuração única e imutável’ capaz de cristalizar uma forma de pensamento heterodoxa, anti-sistemática, prismática, densamente auto-reflexiva, atenta, por definição, aos sinais do contemporâneo. Em parte, por condicionamento da sua sempre muito precária situação económica, foi muito abundante a actividade de publicação de Musil em jornais e revistas — nalguns períodos da sua vida, dedicou-se intensamente à crítica teatral e, em menor escala, à crítica literária. A produção ensaística em sentido próprio, mesmo que definida segundo o critério amplo que foi o da presente selecção, destaca-se com clareza destas publicações de natureza jornalística, mas acompanhou também, mesmo que com intermitências e com acentos diferentes, toda a trajectória literária de Musil. Desde 1911, ano de publicação de ‘O Obsceno e o Patológico na Arte’, até Março de 1937, data em que foi proferida a conferência ‘Da Estupidez’, contabilizam-se várias dezenas de ensaios de que o presente volume apresenta uma selecção largamente representativa.” [Do Prefácio de António Sousa Ribeiro]


Ensaios, de Robert Musil (trad. António Sousa Ribeiro), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/ensaios-de-robert-musil-pre-venda/

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