25.11.22

Sobre A Lua de Bruxelas, de Amadeu Lopes Sabino

 



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: A Lua de Bruxelas, de Amadeu Lopes Sabino


“A um sinal da vidente, a bola de cristal, idêntica no tamanho e na transparência à que a criada flamenga oferecera a Luísa no dia da chegada a Bruxelas, iluminou-se como uma lâmpada. A vidente apagou a vela e, na obscuridade da quadra miserável, recitou uma lengalenga num dialeto inidentificável. A bola brilhava mais e mais, refulgia agora, astro fasto ou nefasto, e os olhos da mulher refletiam essa luz mágica.

— A Lua! — exclamava. — O prazer e a culpa numa mesma e única identidade. Não é vulgar, um destino assim. O melhor e o pior numa total confusão. Oh, meu Deus! Não é possível!

— Não é possível?! — perguntava ele, entre a curiosidade e o receio. Governada pela dúvida, a vidente era agora uma Lady Macbeth. João Baptista via-se transportado à Idade Média e esforçava-se por reter os pormenores da cena, para mais tarde a integrar numa novela histórica.

— A Lua, a maldita, a enganadora Lua de Bruxelas. Tudo pode acontecer quando ela aparece. O melhor e o pior. Acontece sempre o melhor e o pior. Mas eu prefiro não entrar em pormenores. Não quero ver, não quero ver…”


A Lua de Bruxelas e Felix Mikailovitch estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/amadeu-lopes-sabino/

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