29.11.22

Sobre A Ilha da Infância, de Karl Ove Kanusgård

 



A memória de Knausgård não segue uma ordem cronológica. Avança, recua, detém-se e depois adquire um novo impulso. Isso torna-se evidente nesse exercício de realismo autobiográfico que é A Minha Luta.

No terceiro volume, A Ilha da Infância, situamo-nos no Verão de 1969 na ilha de Tromøya, na costa sul da Noruega, aonde Karl Ove chega ainda bebé num carrinho empurrado pela mãe.

É nesse universo familiar, entre as florestas carregadas de mistérios, que se desenvolvem as intensas experiências da infância.

Knausgård fala-nos das suas sensações sobre a natureza do tempo, da memória e da existência, a felicidade de ir à escola, os prazeres e problemas da amizade, a excitação da vida ao ar livre, a descoberta sempre inesperada do amor, os medos, as alegrias, a leitura, as roupas, a música e o desporto.

E tudo isso entretecido na serena atenção da mãe e no autoritarismo do pai, sempre disposto a castigar.


«Knausgård combina autoficção e reflexão como ninguém o fez antes. Ao lê-lo, sentimos que estamos absorver o retrato completo de uma vida.» [Jeffrey Eugenides]


A Ilha da Infância, terceiro volume de A Minha Luta  (trad. Miguel Serras Pereira), e outras obras de Karl Ove Knausgård estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/karl-ove-knausgard/

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