19.9.22

Sobre A Sibila, de Agustina Bessa-Luís

 



Surgido em 1954, o romance A Sibila confirmou Agustina Bessa-Luís como uma voz inovadora, em ruptura com as correntes literárias então predominantes. 

As suas personagens não se resumiam a estereótipos sociais, impelidas como eram pela caótica energia dos seres humanos.

O romance venceu em 1953 um concurso organizado pela editora Guimarães, com um júri formado por Vitorino Nemésio, Branquinho da Fonseca, Álvaro Lins e Tomás de Figueiredo. No ano seguinte receberia o Prémio Eça de Queiroz.

Eduardo Lourenço foi um dos que melhor entenderam o alcance da obra, escrevendo na revista Colóquio de Dezembro de 1963: «Foi há dez anos que o milagre, já anteriormente preparado, teve lugar na praça pública. Não há assim tantos que um verdadeiro não mereça ser glorificado como convém. O que Sibila e a sua descendência significam não precisa de ser sublinhado por contraste. Mas este mundo romanesco, pelo seu simples aparecimento, deslocou o centro da atenção literária.»


A Sibila e outras obras de Agustina Bessa-Luís estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/

Sem comentários:

Enviar um comentário