«Há um tempo para as palavras.
Do inaudível ouvido
Tamborila a vida
Os seus altos direitos.
Talvez – venham da mossa
Que a fronte faz num ombro.
Talvez – venham do raio
Invisível de dia.
Pela inútil corda, o gesto
Dos ossos – sobre o lençol.
Tributo ao seu medo
E ao seu corpo mortal.
É tempo do mal ardente
E das súplicas em surdina.
Tempo de ser irmão sem terra.
Tempo de ser órfão do mundo.
11 de Junho de 1922» [p. 21]
Esta e outras obras de Marina Tsvetáeva estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/marina-tsvetaeva/