«Zona
Por fim já não suportas mais esse mundo antigo
Ó torre Eiffel pastora o rebanho das pontes bale esta manhã
Estás farto de viver na antiguidade grega e romana
Aqui até os automóveis parecem antiguidades
Só a religião se manteve novinha em folha continuou simples
A religião como os hangares de Port-Aviation
Ó Cristianismo só tu não estás fora de moda na Europa
O Europeu mais moderno sois vós Papa Pio X
E tu que as janelas espiam é a vergonha que te retém
De entrar numa igreja para te confessares esta manhã
Lês os prospectos os catálogos os cartazes que cantam bem alto
Esta manhã esta é a poesia que temos e para a prosa há os jornais
Há os fascículos a 25 cêntimos a transbordar de aventuras policiais
Perfis de homens eminentes e mil títulos diversos
Vi esta manhã uma rua lindíssima de que esqueci o nome
Asseada e nova era mesmo o clarim do sol» [p. 18]
Mais Novembro do que Setembro, de Guillaume Apollinaire (tradução de Maria Gabriela Llansol), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/mais-novembro-do-que-setembro/
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