«Livro estruturalmente compósito, a Peregrinação entremeia, com maior ou menor coerência — e disso Mendes Pinto é bem consciente —, a narrativa dos seus trabalhos, a obscura busca da explicação quer para os seus múltiplos tormentos quer para os inumeráveis resgates de tantos perigos, com a crónica minuciosa, quase como de agente secreto por conta de si e da nossa empresa descrita como maldita e sublime ao mesmo tempo. (…) Escrevendo Peregrinação, Mendes Pinto não salvou apenas a sua vida aventurosa, mas a aventura escrita em português, a que para sempre nos compensará de não vir a ter no futuro os Kipling e os Conrad no nosso império de rapina, de esplendor e engano.» [Eduardo Lourenço]
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