«Mónica Baldaque começou a escrever este livro ainda a mãe (a escritora Agustina Bessa-Luís) era viva. A ideia surgiu-lhe aquando da leitura das cartas que Agustina escrevia à sua mãe (avó de Mónica), muitas delas aqui reproduzidas. A obra leva-nos ao encontro de uma outra Agustina, através das impressões da filha, fundindo-se as duas na memória que habita estas páginas. A autora fala-nos, com delicadeza e grande sensibilidade, do tempo passado com os seus pais em Coimbra, no Porto, em Vila do Conde e na região do Douro, revelando aspetos inéditos da vida e personalidade de Agustina, como este: “Quando lhe perguntaram se tinha tido pena de não ganhar o Nobel, ela respondeu que só tinha tido pena por não ter dançado com o rei! Pois vesti-lhe [quando morta] um vestido de baile para que fosse preparada para uma dança, com o rei, com Deus!” A capa do livro reproduz o esboço de uma mulher com o olhar fixado no mar. Tem um vestido comprido, está ligeiramente curvada, com o queixo pousado na mão. Toda a paisagem é da cor do linho. Do mesmo linho que Agustina vestia nos dias quentes de verão.» [Luís Almeida D’Eça, «Sete livros para suavizar o confinamento», Agenda Cultural de Lisboa, Fevereiro 2021]
«Sapatos de Corda — Agustina», de Mónica Baldaque está disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/sapatos-de-corda/
As obras de Agustina Bessa-Luís editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/
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