25.2.21

Sobre O Silêncio, de Don DeLillo

 



«Romancista, dramaturgo e ensaísta, é sempre gratificante voltar a Don DeLillo (n. 1936), o derradeiro guru da literatura norte-americana. Depois de ter escrito sobre temas tão diversos como o advento da Era digital, o assassinato de Kennedy, fraude fiscal, linguística, dissuasão nuclear, artes performativas, adultério, terrorismo, Wall Street, desporto, televisão, o 11 de Setembro (o melhor romance sobre a tragédia de 2001 continua a ser O Homem em Queda), velhice, etc., chegou a vez de escrever sobre o futuro próximo. Publicado em plena pandemia, O Silêncio, romance minimal que podia ser uma peça de teatro, centra-se no Super Bowl de 2022. Em Nova Iorque, defronte de um televisor, ansiosas pela final do campeonato, três pessoas aguardam a chegada de um casal amigo regressado de Paris (ignoram que o avião de Jim e Tessa tenha tido que fazer uma violenta aterragem de emergência). Até que tudo pára: televisores, laptops, relógios, telefones. Com o colapso geral da energia, a cidade está mergulhada na escuridão. Apocalipse da Internet provocado pela China? Ciberataque de origem russa? Início da Terceira Guerra Mundial? Invasão extraterrestre? Nenhum dos cinco sabe o que pensar. Deveras inquietante.» [Eduardo Pitta, Sábado, 25/2/2021]


«O Silêncio» e outras obras de Don DeLillo estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/don-delillo/


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