23.12.20

Entrevista de Mónica Baldaque no Observador

 


 «De facto, todas as pessoas que atravessam este livro são mistérios que nunca deixam de o ser e esta é uma da coisas que ele tem de belo. A Mónica escreve contra aquela ideia, tão em voga, de que tudo tem que ser dito, mostrado, que todos os véus têm que ser levantados, todas as tumbas abertas…

Nem tudo tem de ser dito, nem tudo sabemos dizer. A maior parte da nossa vida fica espalhada pelos lugares mais improváveis e as pessoas determinantes para a construção de nós próprios como imagem visível e convivente, são também as mais improváveis, e às vezes de passagem meteórica.

Sapatos de Corda é um livro cujo centro é uma reflexão sobre a passagem do tempo, das gerações, a metamorfose da vida entre o pó solar e o húmus, um tema que também era caro a Agustina. “A vida  é necessária? Não é necessária mas inevitável” , escreve ela, no livro o Prazer e a Glória. É assim?

É assim. A vida não é necessária, mas inevitável. Agustina saberia porque é que a vida não é necessária. Será um contra-tempo inevitável?»

[Joana Emídio Marques, Observador, 2020/12/19: https://observador.pt/especiais/monica-baldaque-ja-so-ouco-aos-mais-velhos-aquela-frase-estafada-agustina-e-muito-dificil-de-ler/]

Sapatos de Corda, de Mónica Baldaque está disponível em: https://relogiodagua.pt/?s=sapatos+de+corda&post_type=product

 

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