24.4.20

Paolo Giordano em entrevista ao Expresso, a propósito do livro Frente ao Contágio




«[Cristina Margato — ] O que descobrimos depois de tomar essas medidas é que podemos ser todos iguais aos olhos do vírus, mas não somos todos iguais enquanto berlindes paralisados, fora de jogo. Perante as regras de distanciamento e isolamento, somos todos diferentes: [Paolo Giordano — ]“O meu confinamento é diferente do confinamento de outras pessoas com apartamentos mais pequenos, sem varandas, jardins ou janelas, ou das pessoas que têm filhos muito pequenos ou familiares com problemas mentais, dependências e vícios. A desigualdade já estava lá. Nós sabíamos que ela existia. Mas não era tão visível quanto é agora. De algum modo, estamos a ver de forma muito brutal todas as coisas que deixámos por resolver ao longo dos anos. Então, o vírus coloca à vista as discrepâncias da nossa sociedade, fazendo-as emergir de uma forma muito forte.”» [Expresso, E, 18/4/2020, https://tinyurl.com/ybnk5p8y , fotografia de Paolo Giordano: Leonardo Cendamo/Getty Images]




Frente ao Contágio e outras obras de Paolo Giordano estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/paolo-giordano/

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