«— A poesia serve para quê?
— A poesia não serve. Costumo dizer que existem duas formas para a mesma aparente natureza da palavra: é serva quando é prática e a usamos para comunicar, seja qual for a intenção da frase; é senhora quando exerce o seu poder criador, estabelecendo as suas próprias regras e significados, provando-se tão inútil para o nosso dia-a-dia como um quadro, uma estátua ou o binómio de Newton.» [Hélia Correia em entrevista a Raquel Marinho, Expresso, 15/5/19]
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