Alexandre Borges recomenda George Steiner em The New Yorker, Infidelidades, de Woody Allen, e O Mandarim, de Eça de Queirós.
A propósito do luxo de se ser contemporâneo de figuras de grande dimensão intelectual. Uma selecção de 28 dos mais de 150 artigos que Steiner assinou, ao longo de 30 anos, para a New Yorker. Cultos, longos e densos, exigem leitura demorada e atenta. Uma boa forma de descansar o polegar de tanto fazer scroll ao Instagram.
Um pouco de teatro para exibir o nome bem visível na capa na praia às senhoras e senhores horrorizados. A bandeira vermelha será hasteada, nadadores-salvadores tentarão afastar os mais impressionáveis – enfim, a praia rapidamente se porá num paradisíaco sossego. Não é novo, mas serve para ir renovando a dose anual recomendada de Woody Allen quando os filmes do próprio já não chegarem para tirar as dores.
As pessoas podem até não ler, mas saem cada vez mais livros. Nós próprios somos bem mais rápidos a comprar livros do que a lê-los, quais Lucky Lukes das fnacs da vida. Durante anos, sofremos para agarrar todos os livros potencialmente interessantes que saem, como quem acompanha as estreias do cinema ou as novidades da pop; com a idade, resignamo-nos. Que importa? Vamos ler o que queremos ler. Um Eça por ano, por exemplo, é um projecto bonito. E saudável.
Sem comentários:
Enviar um comentário