30.10.17

Sobre Frankenstein, de Mary Shelley





«Frankenstein não é, contudo, o romance de uma simples literata, sem qualquer ligação com a substância da vida. A sua existência aventurosa, turbulenta, plena de incidentes tumultuosos, foi o magma onde pôde pousar a carga saturada da sua informação cultural. As pulsões que animam o mais famoso dos livros de Mary Shelley pressupõem um conhecimento profundo da humanidade que só uma vivência plena possibilitaria. E uma capacidade de apelar ao que há de mais fundo nos abismos humanos — que a exclusiva erudição não confeririam. E não conferiram, já que a autora pôs na sua obra o que pôde experienciar e absorver ao longo de um percurso de vida intensamente vivido.» [Hugo Pinto Santos, Caliban, 20/10/17]

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