4.10.17

A chegar às livrarias: Poemas Escolhidos, de W. B. Yeats (trad. de Frederico Pedreira)





«AO SER-ME SOLICITADO UM POEMA DE GUERRA

Em tempos como estes parece-me melhor que
A boca de um poeta tudo cale, pois na verdade
Não nos cabe o dom de corrigir um estadista;
Já se intromete bastante quem logra agradar
A uma rapariga na indolência da sua juventude
Ou a um velho numa noite de inverno.»

W. B Yeats nasceu em Junho de 1865 em Sandymount, Irlanda. Era filho e irmão de pintores, numa família que fazia parte da minoria protestante. Durante algum tempo Yeats dedicou-se à causa do nacionalismo irlandês. E numa conjunção rara uniu o interesse pela mitologia do seu país ao estudo dos mitos antigos, sempre de um ponto de vista pessoal.
Em criança passou longos períodos com a sua família materna, alternando com estadas em Londres.
Conheceu cedo a literatura irlandesa e dedicou-se ao estudo das disciplinas esotéricas, fazendo parte da Dublin Hermetic Society e mais tarde da rosacrucianista Hermetic Order of the Golden Dawn.
Em 1889 conheceu a revolucionária Maud Gonne, que inspirou muitos dos seus poemas. Interessou-se por William Blake, cujas obras editou. Em 1893 publicou O Crepúsculo Celta.
No ano seguinte conheceu Lady Augusta Gregory, tornando-se visita assídua da sua mansão em Coole Park. Seria Lady Gregory a facultar-lhe os meios para abandonar os escritos jornalísticos.
Yeats foi fundador do Abbey Theatre em Dublin. Perante a recusa de Gonne em se casar com ele, Yeats acaba por pedir a mão da sua filha, Iseult. A negativa desta leva-o a desposar, em 1917, Georgie Hyde-Lees, muito mais nova que ele.

Em 1923, Yeats recebe o Prémio Nobel da Literatura, o primeiro concedido a um irlandês. Faleceu em 28 de Janeiro de 1939, em Roquebrune, França, num «dia escuro e frio», a acreditar no poema que W. H. Auden dedicou à sua memória.

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