«Ou—Ou. Um Fragmento de Vida é uma obra ímpar dentro da literatura e da filosofia ocidentais, a todos os níveis e vista de todos os ângulos; não fosse a circunstância de, na Europa de então, como na actual, a língua dinamarquesa ficar submersa por outros idiomas dominantes, e certamente que teria sido reconhecida universalmente como um clássico da literatura e da filosofia na geração seguinte ao seu aparecimento. A consciência plena por parte do seu autor de que assim é constitui, aliás, um dos seus intuitos, se não confessos, pelo menos explicados e demonstrados ao longo da obra.Vista no conjunto da produção de Kierkegaard, Ou—Ou. Um Fragmento de Vida introduz a esmagadora maioria dos conceitos e categorias que o filósofo desenvolverá posteriormente e, para citar apenas alguns, encontramos aqui o estético e o ético, o ético e o religioso, o desespero e a esperança, o amor em todas as suas fases e modalidades, os diferentes tipos e usos do pensamento, a possibilidade e a realidade, a escolha, a liberdade, a recordação e o esquecimento, e o instante.»[Da Introdução de Elisabete M. de Sousa à Primeira Parte]
De Soren Kierkegaard, a Relógio D’Água publicou também Ou—Ou, Um Fragmento de Vida, Primeira Parte, Temor e Tremor (trad. de Elisabete de Sousa), A Repetição e Migalhas Filosóficas (trad. de José Miranda Justo). Em breve chegará também às livrarias a edição de Prefácios.
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