30.6.17
Sobre Baixo Contínuo, de Rui Nunes
«A escrita de Rui Nunes há muito prescinde de comodismos literários e nunca teve ilusões quanto ao futuro da Humanidade e, provavelmente, da arte: “segue-se: o lixo”. De resto, e como o título por si só sugere, “Baixo Contínuo”, que se divide em quatro andamentos, é um livro com uma forte componente musical, onde encontramos referências explícitas a J. S. Bach, Beethoven, Boulez e Stockhausen. Entre a composição e a desintegração (“da melodia, do corpo, da palavra”), o jogo musical dá-se também a ver no prelúdio ao desconcertante “Basso Continuo / de Rui Nunes” que surge na página 15. Mas pouco importa, no fundo, onde começa ou termina este livro, pois a terrível lucidez que o atravessa (os olhos abertos não podem não ver”) diz-nos claramente que “tudo é restos, sobras”. A uma “música total”, que pode ser lida enquanto alegoria da solução final sonhada por Eichmann e outros minuciosos peritos da barbárie, sobrepõem-se ora “sons terminais”, ora o “peso do primeiro som”: “uns ouvem os piolhos a rebentar entre as unhas dos polegares, outros, uma suite de Bach”. E, embora tudo pareça acontecer nos antípodas de Wagner, atente-se no fortíssimo Leitmotiv da mulher perseguida/lapidada (que “de queda em queda, repete a morte”) ou ainda do frustrante encontro sexual de um velho com um jovem extremamente depilado. De um modo cada vez mais conciso e acutilante, a escrita de Rui Nunes afasta-se das futilidades romanescas em voga: “temos a morte no final de cada palavra. E isso torna-nos livres”.» [Manuel de Freitas, Expresso, E, 27/6/2017]
A chegar às livrarias: A Letra Encarnada, de Nathaniel Hawthorne (trad. de Fernando Pessoa)
Depois de ter sido declarada culpada por adultério, Hester Prynne é obrigada a usar a letra vermelha “A” bordada nas roupas como castigo pelo seu crime. Enquanto o seu vingativo marido procura descobrir a verdadeira identidade do seu amante, Prynne tem de enfrentar as consequências da sua infidelidade e encontrar um lugar para si e para a sua filha ilegítima no ambiente hostil da Boston puritana em pleno século XVII.
Esta narrativa de Hawthorne surpreendeu os leitores pela sua densidade psicológica sem precedentes. O romance é agora considerado um marco na literatura americana.
«O melhor livro de escrita imaginativa alguma vez escrito neste país.» [Henry James]
PVP: € 10,00
28.6.17
Sobre Lincoln no Bardo, de George Saunders
«A ideia de Abraham Lincoln abraçar Willie, o filho morto, lembrou-lhe a Pietà. Um filho morre e o pai, ou mãe, agarram-se ao seu corpo como que a resgatar qualquer indício de vida e assim negar a sua morte. O escritor George Saunders ouviu a mulher contar-lhe que quando Willie Lincoln morreu, aos 11 anos, vítima do que se especula ser febre tifóide, o então presidente dos Estados Unidos visitava à noite a sepultura do filho no cemitério de Georgetown, debruçando-se sobre ela num trágico lamento. Willie era para Abraham como Jesus nos braços da Virgem na escultura de Michelangelo que está na Basílica de S. Pedro, em Roma.
Durante vinte anos essa imagem perseguiu Saunders de forma quase obsessiva, mas ele achava-se incapaz de a transformar em literatura. Até 2012. Nessa altura decidiu tentar e partiu dela para chegar ao subterrâneo como fez em cada um dos contos que publicara e o confirmaram como um dos mais notáveis autores em língua inglesa. Tinha 55 anos e não queria que a sua lápide o identificasse como o tipo "com medo de embarcar no projeto artístico assustador, que desesperadamente desejava tentar", como afirmou num texto sobre a génese de Lincoln no Bardo, o seu primeiro romance publicado em Março nos Estados Unidos e que acaba de ter edição portuguesa pela Relógio d’Água.
Era um livro muito aguardado por quem conhece e gosta da escrita de Saunders e também pelos que suspeitam do talento de quem cultiva apenas o conto como género. Para esses, o romance seria a legitimação do autor. Mas ele não se sentou a escrever o romance, ou melhor, não tomou a iniciativa de escrever uma história que trazia na cabeça e a dar-lhe maior fôlego.» [Isabel Lucas, Público, ípsilon, 23/6/17]
Hélia Correia e Daniel Faria homenageados na Universidade Federal de Minas Gerais
Homenagear a obra dos escritores portugueses Daniel Faria e Hélia Correia é o objetivo da sétima edição da Jornada de estudos em poesia portuguesa moderna e contemporânea, que será realizada nos dias 21 e 22 de junho, no campus Pampulha. O evento também contará com a apresentação de trabalhos sobre os autores José Osório de Oliveira, Sophia Andresen, Manuel de Freitas, Rui Pires Cabral, Luís Quintais e Carlos de Oliveira.
A professora da Faculdade de Letras Viviane Cunha, que tem pós-doutorado em Literatura Medieval, ministrará a conferência de abertura, A figura da malmaridada no cancioneiro românico medieval, em que vai tratar das formas de representação das mulheres.
Além das discussões sobre as obras de Daniel Faria e Hélia Correia, a programação prevê um terceiro espaço de discussão, a mesa A palavra em seu gume: poesia portuguesa moderna e contemporânea, que vai abordar os escritores José Osório de Oliveira e Sophia Andresen e as relações entre poesia, música e cinema.
A Jornada é promovida pelo Centro de Estudos Portugueses em parceria com o Polo de Pesquisa em Poesia Portuguesa Moderna e Contemporânea.
23.6.17
Sobre Uma Volta ao Mundo com Leitores, de Sandra Barão Nobre
«O livro de Sandra Barão Nobre, Uma Volta ao Mundo com Leitores (Relógio D’Água), é um exercício de resposta. Provavelmente todos nos questionamos sobre o que leem aqueles que leem no nosso caminho. Há um traço de identidade que se define pelo que lemos. Creio que auscultamos os livros dos outros para sabermos de que modo nos podem corresponder. É um certo jogo de Cinderela. O livro não podia ser melhor sapato de cristal para encontrar amigos ou amores. Lembro de ver uma moça a ler Um Certo Plume, de Michaux, e de me precipitar sobre ela como se descobrisse uma gota de água no extenso deserto. Lembro de responder-me que encontrara o livro num banco. Nem sequer estava a gostar. Parecia-lhe poesia. O sapato de cristal partiu bem no meio do meu coração.
Há uns bons anos acompanho o blogue de Sandra Nobre, Acordo Fotográfico, feito do instante da leitura, esse lado de lata intimidade e errância. Sinto como se visse gente meio despida. Gente que se revela. À volta do mundo, gente que lê serve para um retrato do que se pode pensar e almejar hoje. O percurso que Sandra Nobre faz permite intuir um certo desiderato. Há como que um sonho pressuposto em cada leitura. ainda que possam temer o fim de todas as coisas, mesmo o fim da vida, os que leem sonham ainda. Não se lê senão com essa condição de estar para lá do que há.
O trabalho de Sandra Barão Nobre traz a ternura que pode guardar-se por quem lê, como nos enternece que o conhecimento, a sua depuração e a beleza possam ser uma ansiedade também dos outros. Move-nos a esplendorosa esperança numa eureka que mude um cidadão para um herói ou um amante, alguém que solucione ou ame, alguém que verdadeiramente se redima da condenação de consumir e passe sobretudo a ser pessoa. Que seja um herói ou um amante, que significam algo de tão semelhante. Tão admiráveis e sagrados.
Não é o voyeurismo que está em causa, é o sapato de cristal para heróis e amantes. Uma busca fundamental num tempo em que acreditamos menos no futuro de um olhar de soslaio na rua. Os livros são imediatos olhares ao recato ou fremente de cada um. São como ver com um mapa esboçado o que pode ser o labirinto identitário de cada um. Por onde tem a Sandra Nobre passado. Pelo labirinto riquíssimo dos que leem. Para que nos conheçamos todos e nos salvemos ou, ao menos, amemos. Tão sagrados, todos.» [Valter Hugo Mãe, JL]
19.6.17
Sobre Benito Cereno, Bartleby e Billy Budd, de Herman Melville
«Na sua coleção de clássicos, a Relógio D’Água disponibiliza três textos essenciais de Melville: Benito Cereno, uma novela que Jorge Luis Borges considerou ser talvez “deliberadamente inexplicável”; o conto Bartleby, sobre um homem que “prefere não o fazer”, símbolo de insubmissão e recusa; e Billy Budd, narrativa sobre o que aconteceu a um “gajeiro de traquete” durante um motim naval, ocorrido em 1797.» [Expresso, E, 17/6/17]
Sobre Arquipélago das Galápagos ou As Ilhas Encantadas, de Charles Darwin e Herman Melville
«A opção editorial de conjugar num volume estes textos de Charles Darwin (1809-1882) e de Herman Melville (1819-1891), tão diversos na sua génese e nos seus propósitos, tem sido replicada ao longo dos anos em diversos países e em diversas línguas e será imediatamente justificável pela evidência do tema comum: as “encantadas” ilhas adjacentes ao Equador que formam o arquipélago das Galápagos (tartarugas, em castelhano). (…) A objectividade do observador, contudo, deixa campo a inesperadas selfies, como quando vemos Darwin divertindo-se a assustar veneráveis e gigantescas tartarugas e a cavalgá-las de pé, embora fosse “muito difícil manter o equilíbrio”; ou a elogiar a “bela sopa” que se obtém cozinhando exemplares juvenis.» [Mário Santos, Público, ípsilon, 16/6/17]
Sobre Não Digam que não Temos Nada, de Madeleine Thien
«Trata-se de um dos romances mais aclamados dos últimos anos. O título remete para uma passagem da versão chinesa da Internacional, o hino comunista: «O velho mundo será destruído. De pé, escravos, de pé. Não digam que não temos nada.» Com a intriga focada na China que sobreviveu à Revolução Cultural, e a caução de reminiscências autobiográficas, o romance tem todos os ingredientes para ser um sucesso de público e crítica. A sucessão de prémios aí está para o provar. A partir de Vancouver, a narradora descreve com método o ambiente de uma família de imigrantes, tendo como ponto de partida o massacre da Praça Tiananmen, em Pequim. O pai tinha fugido em 1978 e proibido de voltar à China, mas os brutais acontecimentos de Junho de 1989 levaram-no a partir para Hong Kong, onde acabou por desaparecer. Para as autoridades, ter-se-ia suicidado. É este o detonador do plot, que explica os solavancos que conduziram à China actual. Através de flashbacks recuamos às razões do percurso do pai da narradora e, por sua vez, do pai adoptivo deste, um enigmático professor de música. Mas nem só das sequelas da Revolução Cultural aqui se trata. Thien descreve muito bem as etapas de que Mao Tsé-Tung se serviu para impor a ditadura do proletariado, em especial a reforma agrária, bem como o denominado, e fracassado, Grande Salto, ou seja, a industrialização acelerada que provocaria dezenas de milhões de mortos, a maioria pela fome. Thien não faz proselitismo. A escrita, em regra neutra, tem a desenvoltura dos factos: «Fui recrutado pelo Kuomintang. Felizmente, consegui escapar-me e passar para o exército comunista. Foi pavoroso. Os combates, quero eu dizer. Mas fizemos este país.» É realmente mais fácil perceber a China contemporânea depois de ler Não Digam Que Não Temos Nada. O texto é pontuado por inúmeras remissões culturais (chinesas e ocidentais), bem como por fotos da época versada. Nem umas nem outras servem de ornamento, mas de suporte da narrativa. Notas esclarecedoras encerram o volume. Cinco estrelas.» [Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de crítica publicada na Sábado de 14 de Junho]
16.6.17
Feira do Livro de Lisboa: 18 de Junho de 2017
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 18 de Junho de 2017
As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll (ed. brochada)
A Viagem do Beagle, de Charles Darwin
Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa
Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante
A Paixão segundo G. H. de Clarice Lispector
Anna Karénina, de Lev Tólstoi (ed. brochada)
Feira do Livro de Lisboa: Preço Especial — 18 de Junho de 2017
Contos, de Andersen (ed. cartonada)
Portugal, Hoje — O Medo de Existir, de José Gil
Canções, I e II, de Bob Dylan
A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector
Os Irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoievski
Feira do Livro de Lisboa: 17 de Junho de 2017
Sábado, 17 de Junho, às 17:00, António Barreto estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Douro – Rio, Gente e Vinho; Anos Difíceis; Fotografias; e outras obras.
Livros do Dia — 17 de Junho de 2017
O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry (ed. cartonada)
As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi
Musicofilia, de Oliver Sacks
Contos de Tchékhov, vol. I
Ulisses, de James Joyce
Douro, de António Barreto
Guerra e Paz, vols. I e II, de Lev Tólstoi
Feira do Livro de Lisboa: Preço Especial — 17 de Junho de 2017
A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson através da Suécia, de Selma Lagerlöf
As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll (ed. brochada)
A Condição Humana, de Hannah Arendt
Em busca do Tempo Perdido, vol. IV, de Marcel Proust (ed. cartonada)
Mataram a Cotovia, de Harper Lee
Moby Dick, de Herman Melville
A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: O Príncipe Egoísta, O Rouxinol e a Rosa e O Gigante Egoísta, de Oscar Wilde (trad. Frederico Pedreira)
Este livro reúne três famosos contos de Oscar Wilde.
As ilustrações são de Charles Robinson (1870-1937). As suas aguarelas foram retocadas por Emma Byrne, que procurou manter as suas características iniciais.
Feira do Livro de Lisboa: Preço Especial — 16 de Junho de 2017
Mary Poppins, de P. L. Travers
O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum
O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu, de Oliver Sacks
De Olhos Abertos, de Marguerite Yourcenar
A Amiga Genial, de Elena Ferrante
Anna Karénina, de Lev Tólstoi (ed. brochada)
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 16 de Junho de 2017
As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll (ed. brochada)
As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
A Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han
Canções, I e II, de Bob Dylan
Mataram a Cotovia, de Harper Lee
A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector
O Idiota, de Fiódor Dostoievski
14.6.17
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 14 de Junho de 2017
Pippi das Meias Altas, de Astrid Lindgren
As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville
Fausto, de Goethe
Lolita, de Vladimir Nabokov
Macbeth, de William Shakespeare
A Morte de Ivan Iliitch, de Lev Tolstoi
Feira do Livro de Lisboa: Preço Especial — 14 de Junho de 2017
As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
Douro, de António Barreto
As Flores do Mal, de Charles Baudelaire
Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante
Adoecer, de Hélia Correia
O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
Feira do Livro de Lisboa: Sessão de Autógrafos — 14 de Junho
Quarta-feira, 14 de Junho, às 17:00, Sandra Barão Nobre estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Uma Volta ao Mundo com Leitores.
12.6.17
A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: Baixo Contínuo, de Rui Nunes
«O som da chuva no limoeiro era diferente do som da chuva na laranjeira. E o som da chuva na laranjeira era diferente do som da chuva na romãzeira. Os nomes surgiam quando a chuva começava e desapareciam quando a chuva acabava. Entre dois sons, em simultâneo, há qualquer coisa que se recusa, ou se esconde. Os destroços? Ainda hoje, quando chove, o velho passeia por entre as árvores para ver se consegue, para ouvir se consegue, para sentir na pele da cara se consegue. Que está aí a fazer? pergunta-lhe uma criança. Quem? Esqueci-me do teu nome. Um nome que se esqueceu é a falta de um nome? Um nome é a falta de todos os nomes. Mas um nome que falta, o que é?»
Feira do Livro de Lisboa: Sessão de Autógrafos com Sandra Barão Nobre
Quarta-feira, 14 de Junho, às 17:00, Sandra Barão Nobre estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Uma Volta ao Mundo com Leitores.
Feira do Livro de Lisboa: Preço Especial — 12 de Junho de 2017
O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum
O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry (ed. cartonada)
O Nascimento da Tragédia, de Friedrich Nietzsche
Antologia Poética, de Fernando Pessoa
Mataram a Cotovia, de Harper Lee
Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 12 de Junho de 2017
Contos, de Andersen (ed. cartonada)
O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett
Autobiografia Intelectual, de Sigmund Freud
Pensamentos, de Oscar Wilde
Orlando, de Virginia Woolf
Douro, de António Barreto
A Educação Sentimental, de Gustave Flaubert
9.6.17
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia e Preço Especial — 11 de Junho de 2017
Livros do Dia — 11 de Junho de 2017
Contos, de Grimm (ed. cartonada)
As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi
A Arte da Guerra, de Sun Tzu
Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada, de Pablo Neruda
História do Novo Nome, de Elena Ferrante
O Lago, de Ana Teresa Pereira
Os Irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoievski
Preço Especial — 11 de Junho de 2017
Mary Poppins, de P . L. Travers
Tao Te King, de Lao Tse
A Terceira Miséria, de Hélia Correia
Adoecer, de Hélia Correia
A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia e Preço Especial — 10 de Junho de 2017
Livros do Dia — 10 de Junho de 2017
Mary Poppins, de P . L. Travers
Contos de Andersen (ed. cartonada)
A Condição Humana, de Hannah Arendt
Canções, vols. I e II, de Bob Dylan
Mataram a Cotovia, de Harper Lee
Breves Notas sobre Ciência, o Medo e as Ligações, de Gonçalo M. Tavares
Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
Preço Especial — 10 de Junho de 2017
O Desejo de Ser Inútil, de Hugo Pratt
O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry (ed. cartonada)
Douro — Rio, Gente e Vinho, de António Barreto
A Paixão segundo G. H., de Clarice Lispector
Contos de Clarice Lispector
Guerra e Paz, vols. I e II, de Lev Tolstói
Sábado, 10 de Junho, às 16:00, Gonçalo M. Tavares estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Animalescos, 1, Breves Notas sobre Música e outras obras.
Feira do Livro de Lisboa: Sessões de Autógrafos de 13 de Junho de 2017
Terça-feira, 13 de Junho, às 18:00, Hélia Correia estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Adoecer; A Terceira Miséria; Vinte Degraus e Outros Contos; e outras obras.
Terça-feira, 13 de Junho, às 18:00, José Gil estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Poderes da Pintura; Pulsações; Portugal, Hoje — O Medo de Existir; e outras obras.
A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: No Inverno, de Karl Ove Knausgård
«Se tivermos crianças em casa, a primeira neve é ansiosamente esperada. Mesmo aqui, tão ao sul da Escandinávia, onde na maioria dos invernos há pouca ou nenhuma neve, a expectativa pela queda da neve é grande. As crianças relacionam o inverno, e especialmente o Natal, com a neve, apesar de terem tido apenas a experiência de um único inverno com neve a sério. Que a imagem do inverno, de filmes e livros, se sobreponha à realidade dos dias ventosos e de chuva, e seja mais autêntica do que estes, diz muito do mundo das crianças, que tão facilmente se abre para uma coisa diferente do que existe e que é tão cheio de esperança.
Durante a tarde de ontem, a chuva passou a neve. Grandes e húmidos flocos caíam do céu cinzento e enchiam o ar numa cascata de movimento de que as crianças imediatamente se deram conta. Está a nevar!, disseram, e correram para a janela. A neve não ficava, derretia mal tocava no chão. Saíram para o jardim e ficaram paradas a olhar para cima para o impenetrável cinzento de onde caíam os flocos brancos, mas nada podiam fazer, e foram para dentro outra vez.»
Feira do Livro de Lisboa: Preço Especial — 9 de Junho de 2017
Mary Poppins, de P . L. Travers
O Sapo Francisquinho, de Clara Pinto Correia
A Grande Crise, de J. M. Keynes
Tao Te King, de Lao Tse
As Partículas Elementares, de Michel Houellebecq
Mensagem, de Fernando Pessoa
Os Demónios, de Fiódor Dostoievski
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 9 de Junho de 2017
As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
Contos de Grimm (ed. cartonada)
Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki
Contos de Tchékhov, vol. III
Ulisses, de James Joyce
A Importância de Ser Earnest e Outras Peças, de Oscar Wilde
Moby Dick, de Herman Melville
8.6.17
Sobre Frankie e o Casamento, de Carson McCullers
«(…) Frankie e o Casamento, terceiro e penúltimo romance de Carson McCullers (1917-1967). Não tendo a mística dos anteriores, que fizeram lenda, não deixa por isso de ser uma vigorosa narrativa auto-referencial. Como a autora, também o pai de Frankie foi proprietário de uma joalharia. A história de Frankie, uma rapariguinha de doze anos, órfã de mãe, atinge o paroxismo por ocasião do casamento do irmão mais velho: «Era a manhã diferente de todas as manhãs que conhecera…» Tudo se passa num fim-de-semana de Agosto de 1944, algures no Sul americano. Frankie é aquilo a que chamamos uma adolescente disfuncional, enredada nos seus fantasmas, casmurra, estranha a convenções, “estrangeira” em todos os lugares. Como de regra, McCullers é imbatível nos retratos psicologistas. A partir de certa altura, Frankie passa a denominar-se F. Jasmine. Hoje, uma personagem com doze anos seria tratada como criança, sem os traços de carácter que McCullers lhe atribui. Mas nos anos 1940 foi possível imaginar Frankie como alguém que fantasiava uma união a três: ela, o irmão que vai casar, e Jasmine, a futura cunhada. A escrita por vezes elíptica permite vários ângulos de leitura. Cinco estrelas.» [Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de crítica publicada na revista Sábado de 1 de Junho]
Feira do Livro de Lisboa: Preço Especial — 8 de Junho de 2017
O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett
Da Democracia na América, de Alexis de Tocqueville
À Beira-Rio, de Júlio Machado Vaz
Fugas, de Alice Munro
Mensagem, de Fernando Pessoa
D. Quixote, de Miguel de Cervantes
O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 8 de Junho de 2017
A Ilha do Tesouro, Robert Louis Stevenson
As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll
Adoecer, de Hélia Correia
Tao Te King, de Lao Tse
A Minha Luta 2: Um Homem Apaixonado, de Karl Ove Knausgård
O Vermelho e o Negro, de Stendhal
Feira do Livro de Lisboa: Sessões de Autógrafos
Amanhã, 9 de Junho, às 17h, Ricardo Paes Mamede estará nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar A Economia como Desporto de Combate.
Às 18h, os autores do blogue Ladrões de Bicicletas estarão nos pavilhões da Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa para autografar Economia com Todos.
7.6.17
O Jogo Sério no cinema
Estreia esta semana nas salas de cinema de França a adaptação cinematográfica sueca de O Jogo Sério, de Hjalmar Söderberg.
O filme foi realizado por Pernilla August e é interpretado por Michael Nyqvist, Sverrir Gudnason, Mikkel Boe Følsgaard e Karin Franz Körlof, entre outros actores.
De Hjalmar Söderberg, a Relógio D’Água publicou também O Doutor Glas, que Margaret Atwood descreveu como «(...) um desses livros prodigiosos que parecem tão vivos e frescos como no dia em que foram publicados (...). Aparece na passagem do século XIX para o século XX, mas abre portas que o romance tem vindo a franquear desde então».
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 7 de Junho de 2017
Contos, de Grimm (ed. cartonada)
O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry (ed. cartonada)
Assim Falava Zaratustra, de Friedrich Nietzsche
O Vermelho e o Negro, de Stendhal
A Espuma dos Dias, de Boris Vian
A Terceira Miséria, de Hélia Correia
Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: As Pessoas do Drama, de H. G. Cancela
«À minha frente, um muro. Uma faca nas costas. Eu sentia-lhe a lâmina, seca como uma luz que apenas projectasse sombra. Entre o muro e a lâmina não havia nada. Vontade, medo, expectativa, nada. Eu teria perguntado, se soubesse a pergunta, teria respondido, se houvesse resposta. Não, em ambos os casos. Não a quem perguntar, não a quem responder, não a quem acusar, eu próprio mergulhado nessa mistura de solidão e de miséria sexual de onde emergem arte, crime e religião, todos obrigados a cavar o vazio que depois se esforçam por preencher ou por dissimular. Eu duvidava, no entanto, que dos dois lados da faca o vazio fosse compatível com aquilo que o pretendia preencher. Voltei-me devagar.»
De H. G. Cancela a Relógio D’Água publicou também Impunidade.
6.6.17
A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: O Conto do Pedrito Coelho, de Beatrix Potter (trad. Inês Dias)
Pedrito Coelho é talvez o conto mais famoso de Beatrix Potter.
O texto é publicado na íntegra com as ilustrações originais.
Tal como os outros contos de Beatrix Potter, tem como cenário locais, pessoas e animais que a autora conheceu pessoalmente.
Sete obras publicadas pela Relógio D’Água na selecção de José Carlos Fernandes de “18 livros do dia a não perder” na Feira do Livro de Lisboa
O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu, de Oliver Sacks
Folhas de Erva, de Walt Whitman
Elogio da Sombra, de Junichiro Tanizaki
O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carroll
Musicofilia, de Oliver Sacks
(Observador, 1/6/2017)
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 6 de Junho de 2017
O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett
As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain
Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de J. M. Keynes
Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa
Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac
Animalescos, de Gonçalo M. Tavares
A Metamorfose, de Franz Kafka
5.6.17
A chegar às livrarias: História da Filosofia Ocidental, de Bertrand Russell (trad. de Vieira de Almeida)
«Um livro importante… um trabalho do mais alto grau pedagógico, acima dos conflitos entre partidos ou opiniões.» [Albert Einstein]
«Continua a ser de forma incontestável a introdução perfeita ao seu assunto… é o tipo de filosofia que a maioria das pessoas quer ler, mas que apenas Russell poderia ter escrito.» [Ray Monk, University of Southampton, UK]
«Uma prosa bela e luminosa, não apenas nítida do ponto de vista clássico, mas escrupulosamente honesta.» [Isaiah Berlin]
«É uma visão atenta e abrangente das principais figuras do pensamento ocidental, a que se juntam referências de personalidades e peculiaridades dos pensadores que dão ainda mais vida ao livro.» [The Week]
«O livro de um grande filósofo. Um olhar lúcido e magistral à história do seu próprio objecto de estudo, maravilhosamente legível e esclarecedor.» [The Observer]
Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia — 5 de Junho de 2017
Em Busca do Tempo Perdido, vol. I, de Marcel Proust (ed. cartonada)
Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante
Contos, de Oscar Wilde
Mary Poppins, de P. L. Travers
A Condição Humana, de Hannah Arendt
Novelas Eróticas, de Manuel Teixeira-Gomes
O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
2.6.17
A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: Lincoln no Bardo, de George Saunders (trad. de José Lima)
Lincoln no Bardo é o primeiro romance de George Saunders. Nestas páginas, o autor revela-nos o seu trabalho mais original, transcendente e comovedor. A ação desenrola-se num cemitério e, durante apenas uma noite, a história é-nos narrada por um coro de vozes, que fazem deste livro uma experiência ímpar que apenas George Saunders nos conseguiria dar.
Ousado na estrutura, generoso e profundamente interessado nos sentimentos, Lincoln no Bardo é uma prova de que a ficção pode falar sobre as coisas que realmente nos interessam. Saunders inventou uma nova forma narrativa, caleidoscópica e teatral, entoada ao som de diferentes vozes, para nos fazer uma pergunta profunda e intemporal: como podemos viver e amar sabendo que tudo o que amamos tem um fim?
«Uma obra-prima.» [Zadie Smith]
«Saunders faz-nos sentir como se lêssemos ficção pela primeira vez.» [Khaled Hosseini]
«Um livro generoso e de enorme humanismo.» [Colson Whitehead, The New York Times Book Review]
«George Saunders faz o impossível parecer fácil. É uma sorte tê-lo.» [Jonathan Franzen]
«Uma voz incrível — graciosa, sombria, autêntica e divertida — que nos conta as histórias de que precisamos para atravessar estes tempos.» [Thomas Pynchon]
A chegar às livrarias: Uma Volta ao Mundo com Leitores, de Sandra Barão Nobre
Esta viagem de Sandra Barão Nobre começa em abril de 2013, quando chega a casa depois de um dia de trabalho e abre o mapa-mundo no chão da sua sala.
A intenção inicial da criadora do site Acordo Fotográfico (uma homenagem ao ato de ler) era visitar os países de língua portuguesa ou as regiões do mundo onde ela ainda sobrevive, como Malaca, Macau e Goa.
Mas, quando uma sua amiga decide participar na aventura, combinam explorar mais o sudeste asiático (em particular, países como Tailândia, Laos, Vietname e Camboja).
Quando Sandra Barão Nobre regressou a Portugal em finais de agosto de 2014, visitara catorze países e a sua vida mudara.
Os textos que fazem parte deste livro, fragmentos do diário, entrevistas e narrativas de viagem, foram escritos a propósito dos leitores que a autora conheceu durante este longo périplo e dos lugares onde esses encontros ocorreram.
A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: O Rapaz Que Seguiu Ripley, de Patricia Highsmith
«E se o rapaz que conhecera na noite anterior fosse Frank Pierson? Dezasseis anos. Parecia tê-los, mais do que os dezanove que lhe dissera. Do Maine, não de Nova Iorque. Quando o velho Pierson morrera não tinha aparecido um retrato da família toda no IHT? Pelo menos aparecera um retrato do pai, cujo rosto Tom não conseguia recordar. Ou teria sido no Sunday Times? Mas do rapaz de há três dias lembrava-se melhor do que era costume lembrar-se das pessoas. A expressão do rapaz era bastante meditativa e séria; não sorria facilmente. Boca firme, sobrancelhas escuras, retilíneas. E o sinal na face direita, demasiado pequeno para aparecer numa fotografia de tamanho médio, talvez, mas um sinal. O rapaz não fora apenas delicado; fora cauteloso.»
Um jovem americano com quem Tom se relaciona por acaso poderá ser o herdeiro de uma fortuna. De quem foge ele afinal? Que razões o levam a ocultar tão desesperadamente o seu segredo? Que perigos esperam Tom se o ajudar?
Este é o enigma do quarto romance da série Ripley.
Sobre Relatório Minoritário e Outros Contos, de Philip K. Dick
No Livro do Dia, na TSF, Carlos Vaz Marques fala hoje de Relatório Minoritário e Outros Contos, de Philip K. Dick. O programa pode ser ouvido aqui.
De Philip K. Dick a Relógio D’Água publicou também Será que os Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, O Homem Duplo e O Homem do Castelo Alto.
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