12.6.17
A chegar às livrarias e à Feira do Livro de Lisboa: Baixo Contínuo, de Rui Nunes
«O som da chuva no limoeiro era diferente do som da chuva na laranjeira. E o som da chuva na laranjeira era diferente do som da chuva na romãzeira. Os nomes surgiam quando a chuva começava e desapareciam quando a chuva acabava. Entre dois sons, em simultâneo, há qualquer coisa que se recusa, ou se esconde. Os destroços? Ainda hoje, quando chove, o velho passeia por entre as árvores para ver se consegue, para ouvir se consegue, para sentir na pele da cara se consegue. Que está aí a fazer? pergunta-lhe uma criança. Quem? Esqueci-me do teu nome. Um nome que se esqueceu é a falta de um nome? Um nome é a falta de todos os nomes. Mas um nome que falta, o que é?»
Publicado por
Relógio D'Água
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