7.4.17
Sobre Até já não É adeus, de Cristina Carvalho
«Na sua dupla qualidade de título e máxima, “Até já não É adeus” terá presságio e parémia do percurso da autora. Enquanto texto, quer pela sua extensão quer pela sua completude, poderia, como no caso de “Ana de Londres”, ganhar vida própria; enquanto alegoria de uma escrita, recupera e desenvolve um traço muito próprio, suficientemente impetuoso para — umas vezes melhor do que outras — se adequar ao espírito conturbado de um tempo que não tem suficiente espaço para o sortilégio e que no entanto o inventa.
Confesso que esta marca de autor me estimula e que é no conto que encontro a Cristina Carvalho que prefiro, quando a autora se permite conjeturar para lá do devaneio, no reverso de outros géneros que cultiva. É neste universo imagético que Cristina Carvalho constrói vidas em que dissimuladamente incrusta um sonho feito de quotidianos sórdidos, ou encantatórios, que interpelam quem corre o risco de a ler.» [Luísa Mellid-Franco, Expresso, E, 1/4/2017]
Publicado por
Relógio D'Água
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