21.2.17

Sobre Os Prazeres dos Lugares Inóspitos, de Robert Louis Stevenson









« (…) Robert Louis Stevenson, era um viajante entusiástico, curioso e desejoso de compreender o desconhecido. Em 1878, empreendeu uma viagem pelas Cevenas, uma cadeia montanhosa no centro-sul de França, acompanhado por um burro. De facto, por uma burra, a que deu o nome de Modestine.
Pouco antes, numa das suas frequentes viagens a Paris, o jovem flâneur e boémio Stevenson conhecera e apaixonara-se por uma norte-americana, Fanny Osborne, mais velha onze anos e casada com um advogado do Kentucky. Desanimado com o regresso de Fanny à América, empreende esta caminhada de 120 milhas, que relata por escrito com o fito de ganhar algum dinheiro rapidamente. Stevenson usa Modestine para carregar a bagagem – e, a partir de certa altura, apenas parte da bagagem – enquanto o escocês percorre o itinerário a pé. “Viagens com Uma Burra pelas Cevenas” (“Travels with a Donkey in the Cévennes”, no original, publicado em 1879) rapidamente adquiriu o estatuto de clássico da literatura de viagens e Modestine, essa burra tímida e teimosamente lenta, tornou-se uma das suas mais memoráveis personagens.
(…)
A viagem com Modestine está incluída em “Os Prazeres dos Lugares Inóspitos”, que é o título do texto que antecede o relato da viagem e que serve como uma espécie de introdução ao sentido de lugar que o autor defende, e é o mais recente título da coleção de viagens da Relógio d’Água.» [Sugestão da livraria Palavra de Viajante no Jornal Económico, 4/2/17]

De Robert Louis Stevenson, a Relógio D’Água publicou O Estranho Caso do Dr. Jekyll e de Mr. Hyde e A Ilha do Tesouro.

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