24.1.17
Sobre Morrer Sozinho em Berlim, de Hans Fallada
«Otto e Anna Quangel são cidadãos fiéis do Reich até ao dia em que lhes morre um filho em França. Gente modesta, a vida muda nessa altura para eles. ao ver num cartaz os nomes de três alemães executados por traição, Otto pensa: “Morrer na forca não é pior do que ser destroçado por uma granada ou rebentar com uma bala na barriga! Nada disto é importante (…), tenho de aclarar esta coisa do Hitler (…). De repente vejo apenas repressão e ódio e coação e sofrimento, tanto sofrimento (…). Se não faço nada simplesmente porque sou cobarde e prezo muito a minha tranquilidade, então…” […]
O presente livro, escrito em 1946 e elogiado como obra-prima em vários países que nos últimos anos o descobriram, talvez seja em parte uma forma de expiação, o que ajudará a explicar o tom direto, às vezes quase pedagógico, no qual explora um repertório de tragédias e perversidade, e também de atos redentores.» [Luís M. Faria, Expresso, E, 21/1/2017]
Publicado por
Relógio D'Água
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