«Vencedora
do Man Booker Prize em 2015, esta Breve
História… não tem nada de breve. Com 665 páginas em letra pequena, é um
longo fresco onde vão aparecendo e reaparecendo muitas vozes diferentes –
membros de gangues, polícias, artistas, diplomatas, agentes da CIA, políticos,
estudantes, desempregados, jornalistas –, alternando registos que vão do inglês
culto ao balbuciar delirante. A narrativa arranca na Jamaica em meados dos anos
70 e expande-se a partir daí. (…) Para o leitor, há a gratificação de centenas
de páginas de texto denso mas legível, geralmente coloquial e muitas vezes em dialeto
(parabéns ao tradutor, que não teve tarefa fácil), onde não falta verve nem
tragédia à espreita: “Sempre que entro num autocarro, há um momento em que
sinto que ele vai explodir. Mas penso sempre que a explosão vai ser na parte de
trás, por isso sento-me na parte da frente. Como se sentar-me à frente fosse
fazer qualquer diferença.”»
[Luís
M. Faria, na revista E, 17/12/2016]
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