O Sagrado
e o Profano, de
Mircea Eliade, ocupa-se da forma como o homem religioso se esforça por se
manter num universo sagrado e da diferença entre a sua experiência de vida e a
do homem privado de sentimentos religiosos, daquele que vive ou deseja viver
num mundo dessacralizado.
Para a
consciência moderna, a alimentação ou a sexualidade não são mais do que
fenómenos orgânicos, qualquer que seja o número de tabus que os rodeia. Mas,
para o primitivo e para algumas populações atuais, um tal ato é, ou pode
tornar-se, um «sacramento», quer dizer, uma comunhão com o sagrado.
O sagrado e o
profano constituem duas modalidades de ser no mundo, duas situações
existenciais assumidas pelo homem ao longo da sua história. Estes modos não
interessam apenas à história das religiões ou à sociologia. Em última
instância, os modos de ser sagrado e profano dependem das diferentes posições
que o homem ocupa no cosmos.
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