«“A música é, de certa forma, muda em termos de linguagem.” Para GMT,
esta mudez, mais do que uma limitação, é um desafio. Como apreender, com
palavras, a intangibilidade da música? “Os sons não falam, existem como um
elmento físico que aparece num instante e de imediato desaparece – como uma
pedra que existisse, ocupasse espaço e tivesse peso mas somente durante um
microssegundo – para logo a seguir desaparecer. Uma pedra efémera, eis o som;
uma pedra momentânea, eis o som. E isso é estranho, claro.” As “breves notas” –
argutas, desenvoltas, lapidares – representam um esforço para decifrar essa
estranheza.» [José Mário Silva, Expresso, revista E, 27-02-2016]
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