No
suplemento Mais, do i, de 15 de Dezembro, Frederico Pedreira
fala sobre a reedição da obra de José Cardoso Pires:
«Em
tempos de um certo histerismo com novidades editoriais privadas do tempo
necessário para sequer se darem a conhecer no espaço íntimo e de costas
voltadas que é necessariamente o da leitura, quando somos levados a conviver
com as pulsações aceleradas das grandes promessas literárias, talvez seja mais
do que recomendável parar e atrasar um pouco a atenção na mestria de José
Cardoso Pires, cuja obra tem vindo a ser reeditada pela Relógio D’Água, um
gesto só por si vital e refrescante. E que melhor altura poderia existir, agora
que se fazem ouvir os brindes semanais dos novíssimos, para revisitarmos este
autor, dono de uma obra sem tempo, enorme e fundacional? Também ele aprendiz de
feiticeiro, soube mais do que muitos olhar para trás, entender a mais-valia
imponderável da tradição e reescrever, de olhar lúcido, passo gracioso e
respiração fabular, as irritações de um país em eterna condição menina.»
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