Os nove contos de Tudo O Que Sobe Tem de Convergir confirmam
Flannery O’Connor como uma das mais importantes escritoras do Sul dos EUA, a
par de Eudora Welty, Carson McCullers e Katherine Anne Porter.
A história que dá nome ao livro é um drama sobre desentendimentos
familiares e raciais. «Revelação» e «O Calafrio Permanente» exploram os
conflitos entre figuras parentais e os seus obstinados descendentes, onde a
intensidade é gerada tanto por conversas calmas, como pela violência física de gangsters
e fanáticos.
«Flannery vê o compromisso com o
Cristianismo não como uma comunhão confortável,
mas como um estado de ansiedade permanente. E nunca cessa de nos lembrar que a
interação com o Divino é necessariamente aterradora. Os processos da fé —
batismo, eucaristia, revelação — não são meros conceitos abstratos ou rotinas
institucionais, mas sim experiências radicais, transformadoras e permanentes. A
esta luz, as tatuagens de Parker, no último conto do livro, serão a metáfora
perfeita para a conversão: algo doloroso, indelével, exuberante e
alternadamente ridículo ou assustador para quem observa.» [Do Posfácio]
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