«Embora a carta [a Lord Alfred Douglas] seja comovente, para
reencontrar Wilde no seu melhor temos de passar a um dos textos seguintes, o
ensaio clássico sobre o socialismo, no qual ele diz que a principal vantagem
desse sistema político será “aliviar-nos da sórdida necessidade de vivermos
para os outros, que no presente estado de coisas tanto pesa sobre toda a gente”.
Permitir-nos o egoísmo, em suma. Antes de lhe chamarmos ingénuo, lembremos a
sua previsão de que uma versão autoritária do socialismo tornaria a situação
ainda pior do que já é. (…) Como em qualquer bom ensaio, o mérito deste reside
sobretudo na qualidade das observações. O mesmo se aplica a “O Declínio da
Mentira”, diálogo de paradoxos sobre a natureza da arte e da relação da arte
com a natureza. O volume inclui ainda poemas, entre eles a famosa “Balada do
Cárcere de Reading”. (…) Por último, os nove belíssimos contos mágicos
destinados a crianças. Reunidos por Wilde em dois volumes, continuam a
sobreviver com brilho ao envelhecimento de geraçoes sucessivas.» [Luís M.
Faria, E, Expresso, 24/10/15]
27.10.15
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