17.9.15

Sobre Apocalípticos e Integrados, de Umberto Eco





«O fim do mundo ou o princípio de um mundo melhor?


Eco opõe os apocalípticos, elitistas, aristocráticos e defensores do statu quo, para quem o conceito de “indústria cultural” é abominável e a cultura de massas representa representa a degeneração irreparável da Alta Cultura, aos integrados, que entendem que os meios de comunicação de massas, ao colocarem “os bens culturais à disposição de todos”, mesmo que à custa de alguma simplificação e banalização, prestam um serviço inestimável à humanidade. Esta oposição voltou a ganhar plena actualidade na polémica entre os que vêem na Internet o maior adversário do mundo sofisticado da Alta Cultura e um imenso lodaçal de vulgaridade e exibicionismo, e os que vêem nela a plena democratização do acesso à cultura e a possibilidade de cada um poder criar e distribuir os seus produtos culturais. Curiosamente, Eco assumiu recentemente uma posição neste debate que o remete inequivocamente para a barricada apocalíptica, ao afirmar, em Junho de 2015, que “o drama da Internet é que promoveu o idiota da aldeia a detentor da verdade”.» [José Carlos Fernandes, Time Out, 16/9/15]

 

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