«Não
é possível ler um diário de preces sem sentirmos a necessidade de descalçar as
nossas sandálias. Este Um Diário de Preces, escrito por Flannery O’Connor
(1925-1964) aos vinte anos de idade e traduzido agora para português pela
Relógio d’Água, acompanhado de um fac-símile do caderno original, é em muitos
momentos difícil de compreender, não só por culpa das várias páginas rasgadas
pela escritora, mas essencialmente por ser uma conversa entre ela e Deus, uma
conversa em que entramos forçosa e violentamente a meio; uma conversa para a
qual, aliás, não fomos sequer convidados. (...)
Mas
o interesse deste diário e das súplicas da jovem O’Connor encontra-se
essencialmente no que estes permitem antecipar daquilo que viria a ser a obra
da escritora.» [João Pedro Vala, Forma de Vida, 19-03-2015]
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