13.2.15

Sobre Não Posso nem Quero, de Lydia Davis





«Lydia Davis (n. 1947), uma das vozes mais singulares da literatura americana contemporânea. Nesta colectânea de contos, Lydia parte de observações prosaicas para construir as suas histórias. A secura e brutalidade do quotidiano podem revestir a forma inesperada de um relatório, como acontece com Molly, Gata: Historial e Observações, cuja linearidade, sem resquício de emoção, enfatiza o sentido do trágico. Verdade que certos contos não os podemos considerar como tal. Aforismos, uma frase, duas linhas, apontamentos estenográficos de ficções a haver, não são contos, são aquilo a que alguma crítica complacente chama flash-stories. Flash anda lá perto. Um exemplo: «Ela sabe que está em Chicago. / Mas ainda não percebeu que está no Illinois

[Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, sobre texto publicado na revista Sábado, 12-2-2015]

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