«cada recomeço é um nó. Natacha
envelheceu, Pedro envelheceu. É o fim do livro. Prolongá-lo até à morte de Pedro e Natacha, até
ao casamento dos seus filhos, depois escrever uma nova guerra. E de súbito a
cabeça de Tolstoi, desamparada, bate na folha de papel, e o aparo da caneta
espirra, ou o tinteiro vira-se e rios de azul enraízam o desamparo dessa cabeça, encobrem
letras, palavras, matam-nas, partem-nas. E a história acaba.
Acaba?
não sei acabar: sei prolongar o
massacre.
O meu.
Repito. Repito?
porque qualquer repetição inicia
um pequeno e
fascinante desvio.»
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