A filósofa
judia alemã Hannah Arendt, que privou com Heidegger, Jaspers ou Walter
Benjamin, autora de alguns dos melhores ensaios filosóficos e políticos do século
XX, publicou em 1958 A Condição Humana. É um ensaio sobre a acção do homem
enquanto ser livre e plural. Hannah Arendt parte da expressão latina usada por
Santo Agostinho, “vita activa”, decompõe-na em três actividades: o labor, a que
corresponde o “animal laborans” - o homem e as suas necessidades biológicas; o
trabalho, a que corresponde o “homo faber” - que domina a natureza através do
emprego da técnica e acção - a que corresponde o “homo sapiens”, o homem no
exercício pleno da cidadania num espaço de pluralismo. É aqui que o homem ganha
a sua liberdade, ao agir.
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