11.9.14

Livro do Dia (11 de Setembro) na Feira do Livro do Porto





«Tais pessoas eram capazes de sonhar, mas incapazes de governar. Destruíam as suas vidas e as dos outros. Eram tolas, fracas, fúteis, histéricas; mas, por trás de tudo isto, ouve-se a voz de Tchékhov: abençoado o país que soube gerar este tipo humano. Eles deixavam escapar as ocasiões, evitavam agir, não dormiam à noite inventando mundos que não sabiam construir; mas a própria existência dessas pessoas cheias de uma abnegação apaixonada e fervorosa, de pureza espiritual, de elevação moral, o simples facto de essas pessoas terem vivido e talvez ainda viverem hoje, algures, na implacável e reles Rússia actual é uma promessa de futuro melhor, para todo o mundo, porque, de todas as leis da natureza, a mais maravilhosa, é talvez a da sobrevivência dos mais fracos.» [Do Prefácio de Vladimir Nabokov]

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