«Podemos
aproximar estes 11 contos de certos quadros de Paula Rego, ou de alguma ficção
gótica vitoriana.O “feminino” está sempre em questão, e é um feminino perigoso,
animalesco, com meninas talvez inocentes que recebem lições ambíguas, com putas
aleijadas e por isso fascinantes, ou com personagens saídas directamente do Amor
de Perdição ou da família Brontë. (…) A escrita de H. C., densa e demorada,
sugere mais afinidades com a intemperança romanesca do que a concisão típica do
conto; ainda assim, encontramos bastantes fórmulas ousadas, caracterizações
enigmáticas, desenlaces inesperados. E momentos que não começam nem acabam, que
apenas prolongam uma vida secreta, orgânica, vegetal.» [Pedro Mexia, Expresso,
Atual, 21-06-2014]
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