No ípsilon de 13 de Dezembro de 2013, Hugo Pinto Santos escreve
sobre As Longas Tardes de Chuva em Nova Orleães, de Ana Teresa Pereira:
«Esta
é uma história intoxicada pelas sensações experimentadas no palco, seduzida
pela vertigem do teatro, o qual fornece a sugestão do título do romance e lhe
atribui as tábuas que as personagens pisam. Mas não por muito tempo. (…) As
personagens de Ana Teresa Pereira estão permanentemente a deslizar entre a
ficção e a realidade, e vice-versa – sempre a encontrar corredores que as sugam
de um ponto para outro, ambos igualmente ínvios, igualmente terríveis. Com
progressiva mas decidida anulação dessas categorias enquanto casulos
calafetados – “Kate comprara um caderno barato e escrevera a peça, ao longo de
duas noites” (p.43). Como o Orlando de Virginia Woolf, estas personagens
parecem atravessar as eras – muitas vezes mantendo o nome.»
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