«A grande
ficcionista Joyce Carol Oates diz que Munro “escreve contos com a densidade —
moral, emocional, por vezes histórica — dos romances de outros autores”. A
própria esclareceu que os desenvolve como se sentisse “a tensão numa corda,
ciente apenas de aonde ela está atada”. O que mais espanta é a exímia conjugação
de contenção de meios e riqueza densa do mundo interno de cada personagem,
explorado sempre na terceira pessoa do singular (“Ela, que sempre tivera um ar
pálido, sedoso e dócil, mas difícil de seguir, como uma marca de água”; Edgar
está sentado “como um adorno polido, quase sempre imóvel”).»
[Filipa Melo em
crítica a O Progresso do Amor, no jornal Sol, 26-08-2011. Texto completo no blogue Coração Duplo ]
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