22.4.13

De Fala, Memória, de Vladimir Nabokov



Rozhestveno, a propriedade que Nabokov herdou do tio

«Depois de uma breve estada em Rozhestveno, [o tio Ruka] voltava para França ou para Itália, para o seu château (chamado Perpigna), perto de Pau, para a sua villa (chamada Tamarindo), perto de Roma, ou para o seu querido Egipto, de onde me enviava bilhetes-postais (palmeiras mais os seus reflexos, pores-do-sol, faraós de mãos postas nos joelhos) escritos em diagonal com cerrados gatafunhos. E depois, outra vez em Junho, quando a cheirosa cheryomuha (cereja miúda racemosa do Velho Mundo, ou só «racemosa», como a baptizei no meu trabalho sobre o Onegin) florescia em ondas de espuma, mandava içar a sua bandeira privativa na bela casa de Rozhestveno.» [Vladimir Nabokov, em Fala, Memória]

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