Rozhestveno, a propriedade que Nabokov herdou do tio
«Depois de uma breve estada em
Rozhestveno, [o tio Ruka] voltava para França ou para Itália, para o seu château
(chamado Perpigna), perto de Pau, para a sua villa (chamada
Tamarindo), perto de Roma, ou para o seu querido Egipto, de onde me enviava
bilhetes-postais (palmeiras
mais os seus reflexos, pores-do-sol, faraós de mãos postas nos joelhos) escritos em diagonal
com cerrados gatafunhos. E depois, outra vez em Junho, quando a cheirosa cheryomuha
(cereja miúda racemosa do Velho Mundo, ou só «racemosa», como a baptizei no
meu trabalho sobre o Onegin) florescia em ondas de espuma, mandava içar a sua bandeira
privativa na bela casa de Rozhestveno.» [Vladimir Nabokov, em Fala, Memória]
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