19.3.13

Sobre É assim Que A Perdes, de Junot Díaz





No suplemento Atual, do Expresso de 16 de Março de 2013, José Mário Silva escreveu sobre É assim Que A Perdes, de Junot Díaz: «O magnífico novo livro de Junot Díaz continua a contar-nos a vida de uma personagem fascinante, um dominicano perdido nos labirintos do amor. (…) Díaz chegar a ser genial neste tipo de detalhes, que resumem tudo numa frase ou numa expressão. Lemos “Grandes nuvens brancas paradas no céu, gente a lavar carros com mangueiras, música na rua” e não é preciso mais para imaginarmos um bairro latino. Depois de o amante sair, uma mulher vê que no lavatório “os pelos da barba dele estremecem sobre gotas de água, agulhas de bússola”. De regresso à ilha para visitar a família, uma dominicana pousa os presentes sobre os joelhos, “como se levasse ali os ossos de um santo”. Quem a observa é Yunior, que viaja no mesmo avião, a tentar desesperadamente reconciliar-se com uma namorada. Ele avisa logo que “ se isto fosse outro tipo de história”, falaria de Santo Domingo, do mar com “aparência de prata rasgada” e da rua onde nasceu, ainda indecisa sobre “se quer ser um bairro de lata ou não”. Nada disso acontece porque o “tipo de história” que Yunior nos pretende contar gira praticamente em torno de um único tema: a sua infidelidade compulsiva.»

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