No ípsilon de 21 de Dezembro de 2012, Raquel Ribeiro escreve sobre
A Rapariga sem Carne, de Jaime Rocha: «Belíssima prosa, límpida e
precisa que, apesar da abstracção do lugar e do tempo, é, simultaneamente, um
retrato de um Portugal de hoje: a miséria, o depauperamento, o desamparo na
velhice, o abandono da cidade, um país (uma sociedade, portanto) cada vez mais
decadente, cada vez mais pobre. A pergunta final que fica no ar (transparente,
afinal, como o corpo da rapariga): será a loucura a única saída para não
sucumbir ao medo? Não querendo induzir o leitor em erro — este pequeno e
precioso livro, de apenas 70 páginas, não lhe dá, de todo, uma resposta —, há
uma qualquer tranquilidade nessa incerteza. E ainda bem que, na literatura, é
assim.»
21.12.12
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