«M.
Teixeira-Gomes, tal como na sua obra se nos apresenta ou tal como em certas
personagens se projecta, está longe de ser um gozador desenfreado, à maneira de
Casanova, ou um perseguidor do infinito no finito dos corpos, à maneira de Don
Juan. Homo eroticus, sim; mas
buscando, acima de tudo, a harmonia entre o sentimento e a sensação, o equilíbrio
da emoção e da volúpia.
(…) Por
curiosa inclinação do seu espírito, se não também do seu corpo, Teixeira-Gomes
revela, de facto, impressionantes afinidades com o pensamento grego dos séculos
iv e iii antes de Cristo.»
David Mourão-Ferreira, em Aspectos da Obra de M. Teixeira-Gomes
Em Oficiais e Cavalheiros, o capitão Crouchback, dos
Alabardeiros, é enviado para o Egipto, quartel-general do teatro de operações
do Médio Oriente, durante a II Guerra Mundial. Aí conhece o major Hound,
comandante de brigada, um homem que não lhe merece respeito, e o furriel
Ludovic, ocupado com o seu diário.
Crouchback vê-se envolvido na derrocada militar e na evacuação
de Creta, acção descrita em pormenor numa obra em que o autor emprega delicadamente
o seu reconhecido talento satírico.
Oficiais e Cavalheiros é a segunda parte de uma trilogia,
Sword of Honour (Espada de Honra), que narra a história de Guy
Crouchback, herdeiro de uma família aristocrática em declínio, entre 1939 e
1945, cuja experiência da II Guerra Mundial se relaciona com a do próprio
Evelyn Waugh.
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