No suplemento Atual do Expresso de 12 de Maio
de 2012, António Guerreiro escreve sobre Barro, de Rui Nunes: «Rui
Nunes, implicitamente, mostra que a literatura é uma coisa ignóbil se ignora ou
dissimula o mal e a morte; e que ela não pode emergir senão da sua própria
crise. Mas se quisermos perceber melhor como a escrita de Barro parece
confrontar o leitor com a falha, a ausência, a fuga e a dissolução, talvez
tenhamos que fazer apelo a um conceito de Blanchot: o de “désoeuvrement”.
Desfazer a obra, fazer com que a literatura surja como o que não poderá jamais
fazer uma obra, é neste livro um facto e uma exigência.»
No mesmo suplemento, Viagem a Itália, de Goethe, é
apontado por Anabela Mota Ribeiro como uma das suas escolhas literárias.
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