No suplemento «Atual», do Expresso de 19 de Fevereiro, Ana Cristina Leonardo escreve sobre o último romance de William Trevor, Amor e Verão: «É difícil dizer melhor: “(…) estamos acostumados a vozes mais sonoras, a uma expressão mais rude. O que (…) não implica que já não haja espaço ou silêncio suficientes para escutar o tom tranquilo e contido de Trevor, que transmite infinitamente mais do que parece dizer.” As palavras são de Anita Desai e definem com precisão cirúrgica a escrita de William Trevor, de quem se publica agora Amor e Verão, um título de 2009 que a Relógio D’Água acrescenta ao belíssimo livro de contos Depois da Chuva.»
Na secção «Ler», José Mário Silva sugere Vejo Uma Voz, a mais recente obra traduzida de Oliver Sacks.
No «Ípsilon» da edição de 18 de Fevereiro do Público, Rogério Casanova fala no feito irónico-experimental de Andrei Béli em Petersburgo: «tal como Ulisses, o romance de Béli representa simultaneamente uma síntese formal (o culminar de um programa estético) e uma anomalia, a manifestação de um talento demasiado exuberante e idiossincrático para deixar descendentes.
Petersburgo perdura, mas não como Polaroid social ou compêndio de profecias geopolíticas; o seu território é o Mito e não a História. Como um bom modernista, Béli teve a sua “sensação de abismo”. Este extraordinário romance-pesadelo é a vasta imagem que encontrou para a representar.»
JURGENFRANK/CORBISOUTLIN
Oliver Sacks, cujos vários livros têm sido publicados pela Relógio D’Água, de Despertares a Musicofilia, até ao mais recente nas livrarias, Vejo Uma Voz, é entrevistado por Sara Capelo na revista Sábado de 17 de Fevereiro, na sua condição de estudioso do cérebro, «a coisa mais interessante do mundo».