No suplemento «Ípsilon», do Público de 11 de Fevereiro, João Bonifácio tem uma longa conversa com José Miguel Silva a propósito do seu último livro de poesia, Erros Individuais, que «parte de uma viagem de férias a Florença para analisar a Igreja e o capital, a arte e a moral. No fim surge tristemente o país. Mais que um poeta realista, é um poeta moral ou do pensamento. Ele prefere o termo “político”.»
«No seu anterior livro, Movimentos no Escuro, que não fora o descrédito a que a poesia está votada em Portugal e poderia ser um livro-de-cabeceira, os poemas partiam dos filmes preferidos do poeta.»
Embora a entrevista não faça nenhuma referência à editora de Erros Individuais, estamos em condições de garantir que é a Relógio D’Água.
No mesmo suplemento, José Riço Direitinho escreve sobre o «extraordinário romance russo», A Família Golovliov, de Saltykov-Shchedrin: «A sátira levada ao exagero por Saltykov-Shchedrin, com o claro propósito de esvaziar este universo narrativo de qualquer “verdade” e de alguns restos de moral, acaba por transformar uma tragédia numa espécie de comédia negra. O autor produz um autêntico “massacre satírico”, nas palavras do crítico James Wood, autor do prefácio.»
Em dias de chuva, chega às livrarias Amor e Verão, de William Trevor. Na Time Out da semana de 9 a 15 de Fevereiro, Rui Lagartinho escreve sobre o Verão irlandês de meados do século passado: «William Trevor tem 81 anos e uma longa carreira literária. Nada como peixe na água na escrita de contos ― a Relógio D’Água publicou há poucos meses a antologia Depois da Chuva ― mas quando se lembra de escrever um romance toda a gente festeja. Amor e Verão foi a sua última incursão neste domínio. Pela quinta vez foi finalista do Booker Prize.»
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