26.4.10

Necrophilia recenseado no Expresso



«Jaime Rocha estabelece um diálogo premeditado com Dante Gabriel Rossetti e o seu mundo, mas encaminhando-o para um romantismo negro – vitoriano, mas não pré-rafaelita. Rossetti, católico, acreditava num além que é rasurado em Necrophilia. Os temas, imagens e personagens que poderiam ser da irmandade são empurrados para um neogótico, ou mais próprios de uma “Terra sem vida” eliotiana. Todavia, a originalidade destes poemas resulta dessa mesma dessacralização operada sobre o universo poético em que se inspiraram. A fuga ao neogótico dá-se pelo recurso a vocábulos modernos (“nylon”; o “toldo de plástico”). A dedicatória é a Beatrix, sem o Beata. E a negritude tinge-se com laivos do pós-nuclear.»
(Helena Barbas, in Actual 24 ABR)



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