«Diz-se dos contos que são metade atenção metade detalhe. E isso já favorece Lydia Davis, com a sua atenção detalhada ao razoavelmente grande e ao infinitamente pequeno, através das coisas em si mesmas, ou da linguagem que as designa e descreve.
Os “desconhecidos” que povoam esta colectânea são estranhos, colegas, cônjuges, transeuntes, familiares, vizinhos, gente que desconhecemos ou julgamos conhecer. Se nenhuma destas histórias ou vinhetas distingue as vidas importantes e as não importantes, as fascinantes e as desinteressantes, e se reconhecemos nas personagens traços de uma humanidade comum, é inegável que a escritora se mostra sempre intrigada com os costumes e modos de expressão alheios ou diferentes. E quer “compreender” isso, como quer compreender tudo: “Depois de alguém me dizer que julgava que eu me poderia interessar por líquenes, é claro que fiquei imediatamente interessada por líquenes.”» [Pedro Mexia, E, Expresso,7/6/2024: https://expresso.pt/revista/culturas/livros/2024-06-06-livros-nos-contos-de-lydia-davis-a-realidade-e-a-linguagem-nao-sao--so--um-jogo-0f4ccfce]
Os Nossos Desconhecidos (tradução de Inês Dias) e outras obras de Lydia Davis editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/lydia-davis/
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