26.2.24

Sobre Patos, de Kate Beaton


 

«Em 2005, Kate Beaton saiu do Cabo Bretão, onde crescera, e mudou-se para Alberta. Formada em Belas-Artes, queria fazer banda desenhada, mas a necessidade de ganhar a vida levou-a a procurar trabalho nas indústrias petrolíferas canadianas. Este é o ponto de partida de “Patos”, num registo pessoal que ecoa o relato de muitos migrantes internos do Canadá, não sendo a única história que se cruza nesta longa narrativa em banda desenhada, vencedora de vários prémios internacionais. Para acompanhar a rotina das petrolíferas, num quotidiano duro e marcado pelo isolamento, Beaton convoca outras linhas narrativas, mantendo sempre em relação a rotina laboral e o meio envolvente. É nessa relação que surgem temas como o da profunda masculinização do ambiente onde a autora trabalha, onde o assédio e a violência são regra. Sendo uma das poucas mulheres a trabalhar nesta indústria, Beaton é testemunha e vítima desse assédio, sempre pouco discutido e encarado como “normal”.» [Sara Figueiredo Costa, E, Expresso, 23/2/2024]


Patos — Dois Anos nas Areias Petrolíferas, de Kate Beaton (tradução de Alda Rodrigues), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/patos-vencedor-de-dois-will-eisner-comic-industry-awards-2023/

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