«William Henry Deveraux, Jr, tem 50 anos e é diretor interino do departamento de Inglês da Universidade Estadual de Podunk, na cintura industrial da Pensilvânia. Este romance narra os meandros da vida universitária a que está sujeito, numa fase em que a instituição enfrenta pesados cortes orçamentais e despedimentos: rivalidades, traições, intrigas, vaidades e favoritismos. A narrativa segue as peripécias do protagonista durante uma semana particularmente azarada. Quando uma equipa de televisão filma uma reportagem junto ao lago da universidade, William agarra num ganso pelo pescoço e, sem pensar nas consequências, anuncia que mata “um pato” por dia até conseguir orçamento para o seu departamento. A atitude enfurece os colegas que se reúnem com o objetivo de o destituir do cargo e desencadeia a raiva das ligas de proteção dos animais. Nesta obra se lê que o “humor é um mau substituto da verdade”. Contudo, para Richard Russo, o humor afigura-se como o melhor processo de narrar uma verdade muito séria: a realidade de um país que não se interessa pelo ensino superior, em que a prosperidade da classe média pertence ao passado e em que as famílias enfrentam a degradação do nível de vida, o endividamento e o pavor de perder os empregos.» [Luís Almeida D’Eça, Agenda Cultural de Lisboa, 1/10/2023]
«Um Homem a meio da Vida» (trad. Maria Ponce de Leão) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/um-homem-a-meio-da-vida-pre-venda/
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